O Rio Grande do Sul foi palco de várias revoluções, a identidade do povo gaúcho esta relacionado com estas guerras civis. Em, algumas ocasiões, insubmisso ao governo da Coroa impunhavam as armas com coragem e determinação. Uma, destas guerras foi chamada de Federalista, travada entre as duas grandes correntes políticas daquela época.Corria ano de 1893, apôs a proclamação da República, Júlio de Castilho, então governador do Estado do Rio Grande do Sul, Repúblicano , inspirado nos ideais Positivistas, governava com mão de ferro. Apoiado pelo exécito e pelos estanceiros considerava cada Estado como uma pequena Pátria, e queria o fortalecimento do governo. Seus seguidores eram chamados de castilhistas ou pica-paus e usavam um lenço branco no pescoço e chapéus listados de branco, lembrando uma ave de rapina( pica-pau) que havia nos pampas gaúchos e que tinha a cabeça listada. Seu opositor, Gaspar Silveira Martins, do Partido Federalista, defendia a revisão da constituiçaõ estadual e um sistema parlamentar de governo. Seus adeptos eram chamados de gasparistas ou maragatos , e levavam um lenço vermelho no pescoço. O descontentamento dos maragatos levou-os a rebelião e as armas exigindo a deposição do governo. Toda a revolução teve apoio da província de Corrientes,na Argentina e do Uruguai, d onde contrabandeavam armas e fugiam de perseguições. Ainda, deve ser salientado, que durante o conflito , tivemos a guerra da degola: cada homem feito prisioneiro pela parte contrária era degolado, por revanche o outro lado tomava a mesma atitude, só que degolando muito mais homens. A degola era feita com o homem ajoelhado e o outro passando a faca no pescoço de orelha a orelha. A soluçao do conflito, acabou sendo política e não militar, e em 23 de agosto de 1895, em Pelotas selaram a paz.
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